TRANSIÇÃO DO MARACATU PARA O CARNAVAL

A transição do cortejo do Rei do Congo ao maracatu acontece a partir do momento que vem a abolição da escravatura, então a função do Rei do Congo desaparece. Ele era um auxiliar da autoridade policial, ele era autoridade intermediária entre o poder do Estado e as nações africanas. Todas as nações deviam obediência ao Rei do Congo. Pouco antes da Proclamação da República morre o último Rei do Congo da paróquia de Santo Antônio, que era Antonio de Oliveira.

A partir daí, o maracatu passou a ocorrer sob os auspícios da Federação Carnavalesca, sendo um folguedo resumido ao cortejo – o desfile de uma corte real negra. A organização do cortejo obedecendo ao estilo das procissões católicas. Os trajes sendo uma representação da corte real, ricamente paramentada com vestimentas ao estilo Luís XV, procurando imitar o vestuário do que teria sido a corte portuguesa dos tempos coloniais, sendo visível a influência da roupagem da estatuária barroca, especialmente das imagens de Nossa Senhora.

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